Há de se considerar que no Brasil, dois são dois os principais métodos de execução de nossas ruas estradas, ou seja, nossos projetos em ampla maioria utilizam os pavimentos ditos rígidos e os flexíveis.
Em ambos os casos para a execução de nossas vias seus projetos devem comtemplar/considerar o subleito (terreno natural), regularizações, reforços de subleito, sub-base (camada de material complementar), base (camada de suporte estrutural) e revestimento (capa de rolagem propriamente dita).
Em se tratando desta capa de rolagem, temos as distinções dos ditos pavimentos rígidos (concreto com previsão de armaduras) são aquelas que também conferem características estruturais redistribuindo os esforções e diminuindo as tensões impostas as bases e sub-bases . Já os pavimentos flexíveis (camada de rolamento constituída de material asfáltico) funcionam como uma camada de rolamento que absorvem as tensões do tráfego.
Para as perícias de tais pavimentos há de se considerar os materiais aplicados em todas as etapas de projeto e execução, a tipologia e o tráfego dimensionado em cada caso.
No tocante ao tráfego, tipologia, fluxo, cargas e carregamentos são fundamentais para na etapa de dimensionamento de projeto.
Diversas são as metodologias de trabalho e ensaios periciais e cada manifestação patológica pode sinalizar um sub ou superdimensionamento de projeto e/ou de execução.
No caso específico dos pavimentos flexíveis, em se tratando de materiais de concreto betuminosos usinados, os materiais utilizados de cada camada devem ser adequadamente utilizados, devendo-se considerar suas interrelações e ligações físico químicas durante as etapas de projeto e execução. Por exemplos determinados ligantes não apresentam boa aderência com solos cimento, etc...
Já no caso dos pavimentos rígidos há de se considerar entre outras características as etapas de cura, suas retrações, cálculos de cargas, e forças atuantes diversas.
Nas perícias deste setor também são fundamentais as etapas de levantamento topográfico, cotas, níveis, drenagens, recuos, ângulos de inclinação, entre outros.
A análise sistêmica de cada uma destas etapas de análise preliminar, projetos, opções construtivas, materiais e execução propicia ao Perito o correto entendimento do litígio e dos fatos ocorridos, possibilitando assim o adequado atendimento ao Juízo e as partes no esclarecimento dos fatos e das responsabilidades do litígio.